sábado, 12 de abril de 2008

Pássaros, gnomos, nuvens, palavras e um pouquinho de Deus...


A tarde era quieta e entediante. O único som era dos carros que passavam velozmente pela avenida e os passarinhos que cantavam na frente da minha casa.
Eu foleava lentamente o livro de Erico Verissímo e minhas pálpebras cansavam.
Me sentei em frente á minha máquina de escrever moderna e escrevi o que vinha na minha cabeça: nuvens de maçãs, anjos de pirulitos, rios de chocolate, pássaros de marzipã, sonhos roxos, gnomos dançarinos, floresta com aroma de chimia de uva...
Mente infantil?
Se infantil for sinônimo de sonhar, sim!
Quem dera que nossos sonhos por um breve instante se tornassem realidade, que pelo menos uma metade disso tudo se transformasse em algo além do que folha de papel e palavras imaginárias.
Que todos os beijos tivessem o gosto de frutas, todos os abarços fossem quentes e confortantes como o de mãe, que todos os amigos ouvissem e falassem quando você mais precisa, quem dera...

Quem sabe um dia Deus pegue um lápis sem ponta e desenhe sobre um papel reciclado todos os sonhos das meninas de corações coloridos.

Nenhum comentário: